Sentada na cadeira da ilusão
De quando em quando
Mastigando com os pés
Os dias
Lá vai ela acorrentada
Segue olhando pro chão
Pedindo desculpas
Por incomodar passando ali
Em qualquer lugar
Lá vai ela acorrentada
Nem saber os laços que lhe amarram sabe
Nem as grades que lhe cercam
Nem a escravidão em que vive
Lá vai ela acorrentada
Imune a dor da consciência
Imune a certeza de si
Protegida da realidade
Envolta a tudo que lhe definem como sendo certo
Bom
Verdadeiro
Embriagada de opiniões alheias
Lá vai ela acorrentada
Se soubesse
Se visse
Se descobrisse
Se
Ah, se!
Se um dia acordasse
Se libertaria
Mas enquanto não acorda
Lá vai ela acorrentada
JEOVÂNIA P.
0 comentários:
Postar um comentário